quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Projeto Em Pé de Igualdade


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO

ATIVIDADE: GEAC- PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TIC

PROFESSORA ORIENTADORA: MARISTELA

DISCENTES: GLEIVIA MARCIA R. RODIGUES, NAURA CÉLIA S. SILVA, PAULA FRANCINETE R. RODRIGUES , GERALDA FRANCISCA F. DA SILVA E JOANA F. ANDRADE

ESPAÇOS DE APLICAÇÕES – ESCOLA PADRE CÍCERO, LUIZ MÁRIO DOURADO E ESCOLA MUNICIPAL MARCONDES BATISTA FÉLIX

COORDENAÇÃO DA ESCOLA – MÁRCIA BARTIRA E ROZANA DOURADO

DIREÇÃO – LACENI CAVALCANTE, CLEIDNEIA OLIVEIRA E JOSENAI DA SILVA VASCONCELOS

PROJETO

EM PÉ DE IGUALDADE

Grupos envolvidos:

Educação Infantil (grupo 4 e 5 ) e 2° Ano do Ensino Fundamental I

Tempo Estimado: I I Semestre

Objetivo geral:

Desconstruir a idéia e comportamentos preconceituosos em relação a si mesmo e aos outros.

Objetivos específicos:

l Desenvolver atividades usando as TIC existentes na escola;

l Contribuir para a valorização da história de cada família ou grupo;

  • Oportunizar o conhecimento de histórias, personagens, lendas e contos africanos;
  • Desenvolver a auto - estima positiva em relação aos próprios traços físicos;
  • Relacionar conteúdos aplicados com jogos;
  • Contribuir para a não proliferação de falas e comportamentos racistas, preconceituosos e estereotipados;
  • Oportunizar o desenvolvimento da própria identidade individual e do grupo familiar;
  • Desenvolver um processo ativo de conhecimento sobre a realidade cultural afro-brasileira;
  • Construir progressivamente a noção de identidade e o sentimento de pertencer ao país;
  • Identificar a influencia da cultura africana em nosso cotidiano;
  • Trabalhar o conceito atual de beleza resignificando o conceito existente;

Justificativa:

Em 2003, foi dado um passo muito significativo no ensino brasileiro em relação à valorização, respeito aos estudantes afros descendentes. A lei nº. 10.639/03 rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural européia, ou seja, o mundo não se resume às conquistas. Mas esta, só sairá do papel para a formação de estudantes mais felizes e certos de sua etnia se as escolas e seus professores e professoras propuserem trabalhos com esse objetivo, buscarem material e referencial sobre essa temática. O Ministério da Educação ( MEC) afirma que:

O silêncio da escola sobre as dinâmicas das relações raciais tem permitido que seja transmitida aos (as) alunos (as) uma pretensa superioridade branca, sem que haja questionamento desse problema por parte dos (as) profissionais da educação e envolvendo o cotidiano escolar em práticas prejudiciais ao grupo negro. Silenciar-se diante do problema não apaga magicamente as diferenças, e ao contrário, permite que cada um construa, a seu modo, um entendimento muitas vezes estereotipado do outro que lhe é diferente. Esse entendimento acaba sendo pautado pelas vivências sociais de modo acrítico, conformando a divisão e a hierarquização raciais. (MEC, 2006. 21).

.

De acordo com MEC não devemos nos silenciar diante do preconceito, mais oportunizar momentos de discussões sobre o tema, também promover trabalhos em sala de aula que traga uma reflexão crítica para que a prática pedagógica conquiste qualidade, rompendo com o silêncio presente na escola.

Neste contexto as crianças não se pronunciam e se questionadas diretamente respondem com desconforto. Percebo que diante de manifestações visíveis aparecem o pensar e o agir sobre a questão étnica nas situações de diálogos e brincadeiras. Enfim não é um assunto presente, discutido nos espaços de convívio delas e em casa possivelmente não é abordado. Sendo assim, me questiono sobre como se constroem as identidades dessas crianças tratando-se da questão étnico-racial, dessa forma resolvi analisar essa problemática. Como afirma ainda o MEC, 2006:

É imprescindível, portanto, reconhecer esse problema e combatê-lo no espaço escolar. É necessária a promoção do respeito mútuo, o respeito ao outro, o reconhecimento das diferenças, a possibilidade de se falar sobre as diferenças sem medo, receio ou preconceito. (MEC, 2006. P 21).

A criança negra, precisa se ver como negra aprender a respeitar a imagem que tem de si e ter modelos que confirmem essa expectativa. Por isso, propomos esse projeto, para que durante o primeiro semestre, possamos contribuir de forma significativa para a construção da identidade, da auto-estima positiva e dessa forma, os discentes possam compreender-se, aceitar-se, gostar de si e de sua história.

Atividades / Orientações Didáticas:

  1. Apresentação do projeto às crianças conversa na hora da rodinha;
  2. Recorte de gravura cujo rosto tenha características com o seu próprio rosto;
  3. Colagem;
  4. Observar no espelho quais as características do rosto, cabelo, olhos, pele, etc.;
  5. Comparar com a gravura colada anteriormente;
  6. Conversar com a turma cada vez que aparecer comportamento racista;
  7. Pesquisa de pessoas negras bem sucedidas na arte, música e literatura utilizado a internet como apoio com ajuda do professor;
  8. Leitura de imagem usando o computador para uma melhor leitura;
  9. Pesquisa de palavras de origem africana;
  10. Trabalhar o dia 20 de novembro como uma data importante;
  11. Organização de exposições;
  12. Palestras para a comunidade e escola sobre questões étnico-raciais;
  13. Construção de jornal-mural com informações sobre a cultura, a história, curiosidades e personalidades da cultura negra;
  14. Explorar obras literárias e músicas que exaltam a cultura negra;
  15. Exposição de fotos (gravura) de personalidades negras com destaque na cultura, economia, movimentos sociais e histórias.
  16. Produção de livro literário;
  17. Apresentação de grupos de capoeira e samba de roda;
  18. Fotografar alguns alunos da escola para uma montagem de slide show.
  19. Possibilitar que todos tenham acesso às máquinas tecnológicas;
  20. Realizar atividade que possibilite conhecer as nomenclaturas das máquinas tecnológicas;
  21. Organizar tarefas em que a criança entre em contato com o computador e faça sua análise perceptiva de interação;
  22. Pensar e realizar tarefas em que o aluno questione a estrutura dos jogos no PC;

Materiais

Revistas diversas para recorte;

Maquina Fotográfica

Computador

Papel oficio;

Papel metro;

Espelho;

Papel cartão;

Cola;

Tesoura;

Livros literários;

CDs

DVDs

Avaliação

O processo avaliativo se dará a partir de observações na participação constante dos alunos, pois os mesmos estão desenvolvendo a linguagem oral e iniciando o processo de descoberta da linguagem escrita e em fase de formação da identidade e registros orais e escritos dos alunos e professores.

Referências:

BELÈM, Valéria.O cabelo de Lelê; ilustrações Adriana Mendonça.- São Paulo: Companhia Editora

nacional, 2007.

BRASIL, Ministério de Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico – Raciais. Brasília: SECAD, 2006.

BRASIL, Ministério da Educação. Revista Criança, nº 45. Ministério da Educação, dez 2007.

DIOUF, Sylviane A.As Tranças de Bintou. tradução Charles Cosac. ilustração: shane W. Ewans. 2.ed. São Paulo ; Cosac Naiy, 2005. 32 pp.

FUNDAÇAO VICTOR CIVITA, Revista Nova Escola, dez. 2004, ano XIX, nº 177;

IRECÊ, Escola Irene Garofani, projeto pedagógico África em nós. Irecê, 2006;

KIRIKU. 1998. 71 min. Alfre Woodard.

LIMA, Heloísa Pires. A Semente Que Veio da África; ilustrações de Véronique tadjo. 2.ed.-São Paulo; Salamandra, 2005.

MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita.7. ed., 12.impr.- São Paulo: Ática, 2005.

PALAVRA CANTADA, CD Fundação Victor Civita sob licença de Palavra Cantada Produções Ltda.

VERGER, Pierre Fatumbi. 1902 – 1996. Infleências: Olhar a África e ver o Brasil / Fotos Pierre Verger: texto Maria da Penha B. Youssef]; São paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.

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