quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Síntese - Entre os Muros da Escola

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO

ATIVIDADE: GEAC- PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TIC

PROFESSORA ORIENTADORA: MARISTELA

CURSISTA – PAULA FRANCINETE ROSA RODRIGUES

SÍNTESE

O filme Entre os Muros da Escola, um excelente filme, que mesmo sendo simples, tem o conteúdo riquíssimo e leva a profundas reflexões para nós, educadores, para a nossa prática e didática em sala de aula.

Percebi que a realidade das escolas, não só na França, mas em várias partes do mundo, é preocupante, e que precisamos encontrar caminhos que nos levem a transformar essa situação de indisciplina que impede que os alunos avancem em suas aprendizagens.

O comportamento rude do professor me chamou a atenção porque havia vários alunos de etnias diferentes. Como educador, deveria ter respeitado e valorizado mais a turma que estava ali presente. Há uma cena no filme, dentre as tantas, que o professor François compara a atitude das alunas que estavam como representantes da turma e participavam do conselho, com “atitude de vagabundas”, naturalmente as alunas se ofendem.

Por esta razão os educadores devem está atentos às palavras e comportamentos que possam comprometer a vida profissional diante da sociedade e da comunidade escolar. O professor François nos fascina, simplesmente por ser, um ser humano: ele é o "herói" que tenta salvar aquela turma do caos, mas não é isento de falhas e também se converte em "vilão" ao quebrar a linha de conduta com os alunos, contudo, sua metodologia de aprendizagem não deixa de ser admirável: estimular o conhecimento do aluno, e não apenas passar a lição de casa, dar ou tirar pontos e esperar o sinal tocar. E o que revela a fragilidade deste educador em sala de aula. Foi um momento em que todos nós paramos para refletir sobre as nossas atitudes como professores e tenho certeza que cada cursista levou consigo um olhar diferente diante do comportamento dos nossos alunos.

Enfim, o filme é excelente para levantar discussões pedagógicas e, por conseguinte, considerações sobre o ensino – aprendizagem de um modo geral, para todos os professores. Leva reflexões para outras dimensões para algo maior, além que, contribuirá para notáveis melhoras educacionais, trazendo, em suma, mais esclarecimentos e, sobretudo, mais consciência que os problemas educacionais vão, na prática, muito além das queixas e negligências educacionais .

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Relatório do Projeto Pé de Igualdade

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO

ATIVIDADE: GEAC- PRÁTICAS PEDAGÓGICAS TIC

PROFESSORA ORIENTADORA: MARISTELA

DISCENTE: PAULA FRANCINETE R. RODRIGUES

ESPAÇOS DE APLICAÇÕES – LUIZ MÁRIO DOURADO

...Quando te encarei frente a frente, não vi o meu rosto; chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto; é que Narciso acha feio o que não é espelho...

Caetano Veloso

Relatório

A articulação permite que o processo seja prazeroso para o sujeito aprendiz, compartilhando suas experiências e procedimentos no conjunto do fazer pedagógico mais dinâmico. As tentativas das ações são manifestações que produzem no seu desenvolvimento cognitivo, pessoal e profissional.

Sem a reflexão das ações, é lamentável as transformações. A reflexão viabiliza condições de situações em que o ato de pensar é parte integrante do processo dos acontecimentos que resultam em resultados sejam eles construtivos, reformulados e conscientes, cada sujeito abrange suas especificidades.

Porém, a partir da leitura em grupo das discussões e questionamentos, foi fluindo com melhor clareza a leitura e assim percebemos que a experiência é apresentada em dois aspectos, segundo Dewey

Quando experimentamos alguma coisa, agimos sobre ela, fazemos alguma coisa com ela; em seguida sofremos ou sentimos as conseqüências. Fazemos alguma coisa ao objeto da experiência, e em seguida ele nos faz em troca alguma coisa: essa é a combinação específica, de que falamos. A conexão dessas duas fases da experiência mede o fruto ou o valor da mesma. (DEWEY 1959. p. 152).

Compreender a experiência como uma ação ativo-passiva, é entender que a experiência se dá por variáveis como na percepção das relações, também na cognição, chegando ao conhecimento. A articulação permite que o processo seja prazeroso para o sujeito aprendiz, compartilhando suas experiências e procedimentos no conjunto do fazer pedagógico mais dinâmico. As tentativas das ações são manifestações que produzem seu desenvolvimento cognitivo, pessoal e profissional.

Sendo assim, a reflexão viabiliza condições de situações em que o ato de pensar é parte integrante do processo dos acontecimentos com que seja construtivo, reformulados ou conscientes, cada sujeito abrangendo suas especificidades.

Entretanto o Projeto Pé de Igualdade veio contribuir para o desenvolvimento do meu planejamento, permitir a articulação de experiências de trabalhar com a maquina digital fotográfica permitindo, uma leitura de imagem estática e também com pequenas imagens em movimento criando vídeos com as atividades desenvolvidas durante o processo.

O primeiro passo foi treinar o olhar através da experimentação de ângulos, distâncias, diferente focos da fotografia. Esse tipo de estratégia prepara para, futuramente, trabalhar com direção de câmera. As imagens foram feitas com luz natural pelos próprios alunos que pode e deve ser iniciada na infância para ampliar, o repertório oral da criança e possibilitando atividades que trabalhe os valores do discente. Tendo como objetivo refletir sobre o papel da prática de valores que norteiam princípios que orientam o comportamento humano. Minha proposta foi desenvolver e utilizar como recurso o cinema na sala de aula, trabalhando os valores sociais, facilitando assim uma contribuição para o desenvolvimento da linguagem oral.

O segundo passo foi assistir o filme O patinho feio essa história descreve um universo de agressividade, desdém, preconceito e intolerância, que um ser vive constantemente diminuído, por não conhecer sua essência, sua beleza própria e sua verdade interior. Por ser diferente dos outros de sua espécie o patinho é desacreditado, colocado ao ridículo, perde a autoconfiança e suas perspectivas de futuro são destruídas.
Na vida real de algumas pessoas, comparando a história do patinho, com as diferenças, o preconceito de cor, gênero, credo ou classe social seja em casa, seja na escola temos a responsabilidade e o dever de orientar nossas crianças e jovens, para a aceitação do outro, para a compreensão de que condutas preconceituosas ou intolerantes só colaboram para a degradação das relações e para o desentendimento entre as pessoas.

Portanto como a escola já tinha comprado o data show, facilitou mais ainda a organização do ambiente para que as crianças pudessem assistir com maior conforto. Após ter degustado o filme, fiz uma roda de conversa, com intuito de fazer levantamento prévio do que os alunos já sabiam sobre valores como: respeito mútuo, diálogo, amor ao próximo e solidariedade. Cada criança teve a vez de falar e se expressar como elas entendiam sobre cada valor citado acima.

Foi um momento muito significativo, pois a expressão dos discentes, a autonomia de fala, e o respeito à vez do outro foi fundamental para que o debate continuasse prosseguindo de maneira organizada entre eles.

O terceiro passo foi levar para sala de aula uma história da Menina Bonita do Laço de Fita, com objetivo de trabalhar os valores, a consciência negra, a descoberta da cor, a família como as nossas origens, tendo uma percepção de como são os africanos, apesar da diversidade de cor existente, também, na África! Distribuir para cada aluno uma cópia, depois fiz a leitura compartilhada juntamente com eles, ouviram atentamente a leitura. Após, distribuir uma atividade para a produção de desenho com os personagens do filme. Coloquei a televisão e o DVD para que eles pudessem ver novamente, só com as imagens para facilitar a atividade que seria desenvolvida naquele momento.

Então começaram a desenhar foi muito divertido cada um com sua imaginação, alguns desenharam a menina, o coelho e outros personagens existente na história. Quando terminaram a suas produções fiz uma exposição no pátio da escola com a divulgação do filme e os desenhos produzidos pelas crianças. Convidei outras salas para apreciarem a exposição. Em cada etapa as crianças fotografavam todas as atividades desenvolvidas para a montagem final de um vídeo.

Percebir como as crianças ficaram curiosas para assistir também o filme devido a propaganda que foi muito divulgada. Então propôs as professoras que ali estavam que levassem para salas investissem também na sua prática pedagógica, pois é um recurso didático que serve também como um instrumento de aprendizagem muito significativo para reflexão dos valores, pois são importantes para a formação do sujeito como co-participante no processo da cidadania.

Foi proposta também com a turma uma apresentação do livro A Menina Bonita do Laço de Fita de Ana Maria Machado. Durante o jogo teatral comecei a observar alguns alunos que mais demonstraram habilidades de expressão corporal e também na linguagem oral para uma dramatização que seria realizada na próxima aula. Converso que foi muito difícil porque todos se envolveram com a atividade.

Então dividir as tarefas com os alunos para que todos participassem da atividade para dramatizar e a organização do cenário foi divido em dois grupos. O primeiro grupo ficou responsável pela organização do ambiente, o segundo ficou com a dramatização de algumas cenas do livro escolhido pelo grupo.

Pedir para cada grupo que sentassem em dois grupos de acordo como foi dividido as tarefas. Acompanhei cada grupo e pedir que pensassem como seria a organização do cenário e quem seria os personagens que mais se identificaram com eles. Houve um momento que percebir que os alunos do grupo da dramatização estavam em conflito, pois todos queriam se a protagonista do livro, então tive que interferir na escolha.

Perguntei ao grupo de maneira eles poderia resolver esse conflito. Uma aluna logo se posicionou dizendo que a melhor maneira seria a brincadeira do impa ou par, quem ganhasse seria a Menina Bonita do Laço de Fita. Achei uma ótima idéia porque foi uma ótima oportunidade para se trabalhar as tomadas de decisões coletivas. Diante da decisão realizada Propôs ao grupo que iniciassem a brincadeira, quem ganhassem seria a Menina. Ao termino da brincadeira a aluna Thiane ficou sendo a Menina Bonita e o outro ficaram sendo os outros personagem escolhidos por eles. Durante alguns dias de ensaios foi realizada a dramatização no pátio da escola para os colegas e a comunidade escolar.

No dia seguinte convidei os alunos para fazer uma auto avalpiação oral do que eles puderam compreender a importância dos valores sociais em nossas vidas cotidianas através de algumas perguntas como: o que não gostou? E o que eles mais gostaram? O que mais chamou sua atenção? O que poderiam melhorar? O aprenderam com a história e a dramatização para a sua vida?.

Na fala de alguns alunos percebi que o momento que mais gostaram foi a participação da dramatização e organização do ambiente por quer eles ao mesmo tempo houve uma interação bastante significativa durante e na finalização da atividade..

Na quarta atividade propus que trouxesse de casa uma foto de cada um, para ser realizada na atividade do auto-retrato utilizando o espelho onde os alunos estariam observando suas características como: rosto, cabelo, olhos, pele e comparando com sua foto lado a lado. Percebir a euforia dos alunos quando estavam diante do espelho. Após atividade realizada tivemos um debate com a turma sobre o preconceito racial e seus comportamentos racista com os colegas de classe. Diante disso a relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada o ridicularizada pelo seu grupo social. O discurso do opressor pode ser incorporado por algumas crianças de modo maciço, passando a reconhecer e iniciando o processo de desvalorização de seus atributos individuais, que interferem na construção da sua identidade de criança.

Com isso levei os alunos para o inforcentro onde eles iam pesquisar pessoas negras dentro da sociedade bem sucedidas na arte e música como apoio de um monitor com e do professor fazendo uma Leitura de imagem usando assim o computador para uma melhor pesquisa. Depois de tantas aulas, organizamos uma Palestras com toda a comunidade e escola sobre questões étnico-raciais, com a apresentação dos trabalhos feitos pelos os alunos, vídeo slides com fotos de todo o processo, tirados pelos próprios alunos, músicas que retratam o preconceito dentro da própria sociedade.

Percebo que influência da cultura das imagens é profunda na vida das crianças, sendo considerada até como uma nova linguagem, entretanto observamos que os fotos e filmes utilizados como recursos didáticos são apresentados de forma descontextualizada na realidade escolar, servindo em muitos casos apenas como passatempo, ou um produto sem significado, no entanto sabemos que esta realidade pode ser diferenciada de maneira que traga as tecnologias para dentro da escola, com intuito de trabalhar dentro do contexto de cada criança, principalmente obedecendo à cultura escolar e da comunidade que ali esta inserida.

Roteiro- A Assembléia dos Ratos

Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Educação

Curso de Licenciatura em Pedagogia das Séries Iniciais/Ensino

Planejamento

A ASSEMBLÉIA DOS RATOS

ATIVIDADE: Produção de Vídeo teatral – Fábula “Esopo”

Professora: Maristela Midlej

Nome dos Orientadores: Rita de Cássia Dourado e Ariston Eduão

Cursistas: Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Paula Francinete Rosa Rodrigues , Joana Andrade , Geralda Francisca e Naura Célia

Tema do vídeo: A ASSEMBLÉIA DOS RATOS

Data da Produção de vídeo:

Duração : 1 minuto

Vídeo: Apresentação de uma fabula a Assembléia dos Ratos

1. Introdução

A produção de vídeo é parte do trabalho feito pelo GEAC- Práticas Pedagógicas TIC que mostrará uma peça teatral produzida pelos os professores com os alunos do 2° ano do Ensino fundamental I através de vídeos com imagens estáticas e em movimento.

Objetivo:

Produzir um vídeo teatral com uma fábula conhecida pelos os alunos.

Materiais a serem utilizados:

Máquina fotográfica, Filmadora, microfone e ofícios.

Lugar a ser filmado-Luiz Mário Dourado

Imagem

Som

Cena 1:

Câmara parada na praça.

Um gato de nome Faro-Fino, parado olhando para um buraco na parede de uma casa onde morava alguns ratos

Tomada 1:

Rataria em uma casa velha que os últimos sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.

Som de ratos

Narração: O rato chefe : - devemos bolar uma estratégia para tira este gato assassino do nosso caminho.

O RATO JUNIOR: Bem, companheiros acho que deveríamos consultar alguém mais experiente, alguém que já passou por isto antes.


Cena 2:

Tomada 1: Imagem estática de um gato feroz e de ratos com semblantes de assustados .

Tomada 2: Os ratos resolveram reunir-se em assembléia para discutir o grande problema.

Tomada 3: Imagem espiral para passar de um ambiente para o outro.

Som

Narração na imagem em movimento.

– Acho , disse um deles. – que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é colocar um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia

Cena3:

Tomada 1:

Os ratos se levantam e batem palmas e bravos saudaram a luminosa idéia. O projeto foi aprovado com muito entusiasmo. Mas no meio de tantos Só um rato casmurro ficou contra, que pediu a palavra e disse:

Tomada 2: Imagem em movimento dos ratos andando para lá e para cá sem saber o que fazer.

Tomada 3: Imagem espiral para passar de um ambiente para o outro.

 Narração:

– Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?

Um rato se levanta e pergunta: - Seria uma ótima idéia, más quem faria isto? Você?

Cena 4: Tomada 1:

Tomada 2 : Silêncio geral na Assembléia tomou conta do local.

Tomada 3:

E a assembléia acabou porque não tinham coragem de enfrentar o gato.

Tomado 4:

Rato catu se levantou e se desculpou-se por não sabia como chegaria perto do gato e foi logo saindo.

E outro, porque não eram tolos de se aproximar daquele gato.

Então o gato continuou ainda espantando todos os ratos na casa onde ele morava.

Narração :

O som do silêncio pairava na assembléia.

Moral da história

Falar é fácil, fazer é que é difícil.

.



/






















FICHA TÉCNICA

Direção:

Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Paula Francinete Rosa Rodrigues , Joana Andrade, Geralda Francisca e Naura Célia

Roteiro

Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Paula Francinete Rosa Rodrigues , Joana Andrade , Geralda Francisca e Naura Célia

Filmagem:

Produção:

Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Paula Francinete Rosa Rodrigues , Joana Andrade, Geralda Francisca e Naura Célia

Edição:

Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Paula Francinete Rosa Rodrigues , Joana Andrade, Geralda Francisca e Naura Célia

Narração:

Artur Antunes

Professores orientadores:

Maristela Midlej

Rita Cássia Dourado Antunes

Ariston Eduão

Apoio:

Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Teixeira - Irecê-BA.

Filme produzido por alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais/Ensino Fundamental

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO /PROJETO IRECÊ

Gravado e editado em Software Livre

Licenciado em Creative Commons

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Projeto Em Pé de Igualdade


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO

ATIVIDADE: GEAC- PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E TIC

PROFESSORA ORIENTADORA: MARISTELA

DISCENTES: GLEIVIA MARCIA R. RODIGUES, NAURA CÉLIA S. SILVA, PAULA FRANCINETE R. RODRIGUES , GERALDA FRANCISCA F. DA SILVA E JOANA F. ANDRADE

ESPAÇOS DE APLICAÇÕES – ESCOLA PADRE CÍCERO, LUIZ MÁRIO DOURADO E ESCOLA MUNICIPAL MARCONDES BATISTA FÉLIX

COORDENAÇÃO DA ESCOLA – MÁRCIA BARTIRA E ROZANA DOURADO

DIREÇÃO – LACENI CAVALCANTE, CLEIDNEIA OLIVEIRA E JOSENAI DA SILVA VASCONCELOS

PROJETO

EM PÉ DE IGUALDADE

Grupos envolvidos:

Educação Infantil (grupo 4 e 5 ) e 2° Ano do Ensino Fundamental I

Tempo Estimado: I I Semestre

Objetivo geral:

Desconstruir a idéia e comportamentos preconceituosos em relação a si mesmo e aos outros.

Objetivos específicos:

l Desenvolver atividades usando as TIC existentes na escola;

l Contribuir para a valorização da história de cada família ou grupo;

  • Oportunizar o conhecimento de histórias, personagens, lendas e contos africanos;
  • Desenvolver a auto - estima positiva em relação aos próprios traços físicos;
  • Relacionar conteúdos aplicados com jogos;
  • Contribuir para a não proliferação de falas e comportamentos racistas, preconceituosos e estereotipados;
  • Oportunizar o desenvolvimento da própria identidade individual e do grupo familiar;
  • Desenvolver um processo ativo de conhecimento sobre a realidade cultural afro-brasileira;
  • Construir progressivamente a noção de identidade e o sentimento de pertencer ao país;
  • Identificar a influencia da cultura africana em nosso cotidiano;
  • Trabalhar o conceito atual de beleza resignificando o conceito existente;

Justificativa:

Em 2003, foi dado um passo muito significativo no ensino brasileiro em relação à valorização, respeito aos estudantes afros descendentes. A lei nº. 10.639/03 rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural européia, ou seja, o mundo não se resume às conquistas. Mas esta, só sairá do papel para a formação de estudantes mais felizes e certos de sua etnia se as escolas e seus professores e professoras propuserem trabalhos com esse objetivo, buscarem material e referencial sobre essa temática. O Ministério da Educação ( MEC) afirma que:

O silêncio da escola sobre as dinâmicas das relações raciais tem permitido que seja transmitida aos (as) alunos (as) uma pretensa superioridade branca, sem que haja questionamento desse problema por parte dos (as) profissionais da educação e envolvendo o cotidiano escolar em práticas prejudiciais ao grupo negro. Silenciar-se diante do problema não apaga magicamente as diferenças, e ao contrário, permite que cada um construa, a seu modo, um entendimento muitas vezes estereotipado do outro que lhe é diferente. Esse entendimento acaba sendo pautado pelas vivências sociais de modo acrítico, conformando a divisão e a hierarquização raciais. (MEC, 2006. 21).

.

De acordo com MEC não devemos nos silenciar diante do preconceito, mais oportunizar momentos de discussões sobre o tema, também promover trabalhos em sala de aula que traga uma reflexão crítica para que a prática pedagógica conquiste qualidade, rompendo com o silêncio presente na escola.

Neste contexto as crianças não se pronunciam e se questionadas diretamente respondem com desconforto. Percebo que diante de manifestações visíveis aparecem o pensar e o agir sobre a questão étnica nas situações de diálogos e brincadeiras. Enfim não é um assunto presente, discutido nos espaços de convívio delas e em casa possivelmente não é abordado. Sendo assim, me questiono sobre como se constroem as identidades dessas crianças tratando-se da questão étnico-racial, dessa forma resolvi analisar essa problemática. Como afirma ainda o MEC, 2006:

É imprescindível, portanto, reconhecer esse problema e combatê-lo no espaço escolar. É necessária a promoção do respeito mútuo, o respeito ao outro, o reconhecimento das diferenças, a possibilidade de se falar sobre as diferenças sem medo, receio ou preconceito. (MEC, 2006. P 21).

A criança negra, precisa se ver como negra aprender a respeitar a imagem que tem de si e ter modelos que confirmem essa expectativa. Por isso, propomos esse projeto, para que durante o primeiro semestre, possamos contribuir de forma significativa para a construção da identidade, da auto-estima positiva e dessa forma, os discentes possam compreender-se, aceitar-se, gostar de si e de sua história.

Atividades / Orientações Didáticas:

  1. Apresentação do projeto às crianças conversa na hora da rodinha;
  2. Recorte de gravura cujo rosto tenha características com o seu próprio rosto;
  3. Colagem;
  4. Observar no espelho quais as características do rosto, cabelo, olhos, pele, etc.;
  5. Comparar com a gravura colada anteriormente;
  6. Conversar com a turma cada vez que aparecer comportamento racista;
  7. Pesquisa de pessoas negras bem sucedidas na arte, música e literatura utilizado a internet como apoio com ajuda do professor;
  8. Leitura de imagem usando o computador para uma melhor leitura;
  9. Pesquisa de palavras de origem africana;
  10. Trabalhar o dia 20 de novembro como uma data importante;
  11. Organização de exposições;
  12. Palestras para a comunidade e escola sobre questões étnico-raciais;
  13. Construção de jornal-mural com informações sobre a cultura, a história, curiosidades e personalidades da cultura negra;
  14. Explorar obras literárias e músicas que exaltam a cultura negra;
  15. Exposição de fotos (gravura) de personalidades negras com destaque na cultura, economia, movimentos sociais e histórias.
  16. Produção de livro literário;
  17. Apresentação de grupos de capoeira e samba de roda;
  18. Fotografar alguns alunos da escola para uma montagem de slide show.
  19. Possibilitar que todos tenham acesso às máquinas tecnológicas;
  20. Realizar atividade que possibilite conhecer as nomenclaturas das máquinas tecnológicas;
  21. Organizar tarefas em que a criança entre em contato com o computador e faça sua análise perceptiva de interação;
  22. Pensar e realizar tarefas em que o aluno questione a estrutura dos jogos no PC;

Materiais

Revistas diversas para recorte;

Maquina Fotográfica

Computador

Papel oficio;

Papel metro;

Espelho;

Papel cartão;

Cola;

Tesoura;

Livros literários;

CDs

DVDs

Avaliação

O processo avaliativo se dará a partir de observações na participação constante dos alunos, pois os mesmos estão desenvolvendo a linguagem oral e iniciando o processo de descoberta da linguagem escrita e em fase de formação da identidade e registros orais e escritos dos alunos e professores.

Referências:

BELÈM, Valéria.O cabelo de Lelê; ilustrações Adriana Mendonça.- São Paulo: Companhia Editora

nacional, 2007.

BRASIL, Ministério de Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico – Raciais. Brasília: SECAD, 2006.

BRASIL, Ministério da Educação. Revista Criança, nº 45. Ministério da Educação, dez 2007.

DIOUF, Sylviane A.As Tranças de Bintou. tradução Charles Cosac. ilustração: shane W. Ewans. 2.ed. São Paulo ; Cosac Naiy, 2005. 32 pp.

FUNDAÇAO VICTOR CIVITA, Revista Nova Escola, dez. 2004, ano XIX, nº 177;

IRECÊ, Escola Irene Garofani, projeto pedagógico África em nós. Irecê, 2006;

KIRIKU. 1998. 71 min. Alfre Woodard.

LIMA, Heloísa Pires. A Semente Que Veio da África; ilustrações de Véronique tadjo. 2.ed.-São Paulo; Salamandra, 2005.

MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita.7. ed., 12.impr.- São Paulo: Ática, 2005.

PALAVRA CANTADA, CD Fundação Victor Civita sob licença de Palavra Cantada Produções Ltda.

VERGER, Pierre Fatumbi. 1902 – 1996. Infleências: Olhar a África e ver o Brasil / Fotos Pierre Verger: texto Maria da Penha B. Youssef]; São paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.